terça-feira, 8 de novembro de 2011

Projeto de Intervenção:Como utilizar com eficácia o GPS para o processo ensino e aprendizagem de Geografia?

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
DEPARTAMENTO DE QUÍMICAS EXATAS – DQE
CURSO: LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO (INFORMÁTICA)
DISCIPLINA: PESQUISA E PRÁTICA DOCENTE PEDAGÓGICA III
PROFESSOR: RODRIGO CORREIA DE QUEIROZ
DISCENTE ACADÊMICO: ANSELMO BORGES MEIRA



1. APRESENTAÇÃO


Este trabalho representa a formação e aprimoramento do ensino e estudo da Disciplina Geografia, no uso no GPS e quanto as inovações pedagógica em relação às mudanças ocorridas na era tecnológica, tendo público-alvo todas as pessoas que almejam buscar desafios ao conhecimento, especialmente os discentes acadêmicos.

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2. PROBLEMA

Como utilizar com eficácia o GPS para o processo ensino e aprendizagem de Geografia?



3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Identificar o GPS e suas múltiplas utilidades no ensino e aprendizagem da disciplina Geografia.

3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
  • Conhecer as coordenadas geográficas;
  • Identificar o processo de entrada, processamento e saída de informações do uso tecnológico do GPS;
  • Identificar a utilização da prática do GPS e sua contribuição prática do processo ensino e aprendizagem das coordenadas geográficas;
  • Criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem gráfica utilizada nas representações cartográficas;

4. METODOLOGIA
Este trabalho seguirá os seguintes passos: Na primeira fase, será verificada o perfil de aprendizagem do corpo discente quanto ao conhecimento geográfico da escola e o funcionamento dos computadores para que os estudantes tenham maior facilidade de acesso à internet. Será construído um blog, entitulado "O Uso do GPS para eficácia do ensino e aprendizagem em Geografia", no qual serão postadas uma introdução de boas-vindas, atividades vinculadas aos conteúdos discutidos em sala atreladas a vídeos interativos, software e experimentos. Depois de construído o blog, o endereço do mesmo ficará disponível para os alunos do do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Nos primeiros momentos de implantação deste projeto, eles serão levados ao as salas de aula, para identificação de habilidade ou falta da mesma, na utilização do dos livros e tecnológico, acesso à internet ou apresentação do blog, entendendo seu funcionamento. A partir daí, será dada toda a orientação das regras de comportamento de acesso ao blog, para efetivação das atividades, construção de conhecimento, interações, avaliação e pontuação.
  • Os estudantes serão avisados da interação. As atividades serão as seguintes: Fórum de debate;
  • Cada aluno deve assistir ao vídeo, fazer suas anotações do que lhe chamou mais atenção, dúvidas ou comentários;
  • Estabelecer as relações que eles conseguiram identificar entre os conhecimentos de Geografia rosa-dos-ventos, altura, altitude, perímetro, área, escalas etc.; com outros conhecimentos da mesma disciplina;
  • Construir uma atividade prática com GPS que represente os diversos conceitos para demonstração em grupo, em sala de aula e trabalho em campo.


5. JUSTIFICATIVA

Ao longo do processo educacional, corpos docente e discente terão como aprendizado, noções teóricas e práticas no âmbito geográfico, quando as coordenadas geográficas, principalmente latitude e longitude, altura, altitude, distância entre pontos, conceito e funções sobre escalas entre outros. Não é apenas assimilar no que está no livro e/ou internet e outros meios teóricos. O importante, no cotidiano, aprenda com motivação, o comparativo com meios tecnológicos inovadores e atualizados, e seu aprendizado não fique apenas de forma temporária, mas permanente, ou seja, para toda a vida.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Importância da Interatividade nos blogs

Hoje em dia, qualquer entidade, pode ter uma presença na Internet. Mas existem certas regras, características e secções que são vitais para o seu sucesso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Educação de qualidade: compromisso de todos

O entretenimento e sucesso ensino e aprendizagem trabalham juntos para excelência mútua. O Século XXI, a Era do Conhecimento, torna-se cada vez mais necessário o aprimoramento e atualização quanto a mudança que o tempo impõe e/ou determina. Tanto aos setores de administração escolar, corpo docente e discente, tem como objetivo, a integração de uma nova cultura, uma nova forma de ver de caráter inovador, uma práxis pedagógica.

Educação na atualidade

Inclusão Digital: direito de todos

             

                 Inclusão digital ou infoinclusão é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.
              A inclusão digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à internet que iremos considerar ele, um incluído digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.
              Entre as estratégias inclusivas estão projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
              Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
              Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs c, neste caso, não somente a população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O ensino da geografia no século XXI: A utilização de Geotecnologias.

Por Rafael dos Reis de Sousa

 Aprender e ensinar Geografia pela via Interativa é fascinante, pois suas possibilidades de desenvolver e estimular novas aquisições de conhecimento é ainda amplo e cheio de novidades. Assim a informática como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem, é um recurso que permite trabalhar com os conteúdos da geografia utilizando programas computacionais, que aliando teoria e prática possa garante no futuro, grandes profissionais. Esse artigo vem mostrar e refletir sobre alguns trabalhos e desafios do ensino da geografia no século XXI, focando a utilização das Geotecnologias. Palavras Chaves: Geografia. Processo ensino-aprendizagem. Geotecnologias

1.Introdução

A partir da década de 70, com a grande evolução da tecnologia da informática, da aerofotogrametria e do sensoriamento remoto, tornou-se possível obter, armazenar e representar informações geoespaciais em ambiente computacional, abrindo espaço para o surgimento do Geoprocessamento, começando daí um novo modo de estudar e monitorar as mudanças que ocorrem na superfície terrestre. Sendo assim junto com o processo de ensino-aprendizagem nas ciências geográficas, surge um pensamento mais contemporâneo que deve ser absorvido pelos atuais educadores não só no ensino da Geografia, mas em todas as ciências.

Antigamente na Geografia os alunos tinham contato com a conceituação teórica básica que envolve o uso de dados espaciais. Essa conceituação teórica, porém, não foi considerada como suficiente para tornar o aluno capaz de abstrair suas aplicações. Propôs-se, então, que os alunos tivessem um contato inicial com a prática da utilização de softwares de Geoprocessamento / Geotecnologia e seus produtos para que essa capacidade fosse desenvolvida durante sua vida escolar, universitária e que, possivelmente, seria utilizada no decorrer de sua atuação profissional.

Partindo dessas idéias esse artigo vem mostrar de maneira clara utilização de programas como Spring, Arc Gis, Adobe Ilustration, Google Earth, AutoCAD Map dentre outros que ajudem no processo de entendimento e análise do espaço, cabendo aos educadores estimularem desde cedo esses alunos a se familiarizarem com essas novas ferramentas mais práticas e modernas.

2.Parâmetros Curriculares Nacionais

Os objetivos que norteiam os educadores de Geografia, para que sejam alcançados pelos alunos no ensino fundamental e médio. Entre os objetivos destacam-se (PCN's, 1998):
·Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiriram ao longo da escolaridade são parte da construção da sua cidadania, pois os homens constroem, se apropriam e interagem com o espaço geográfico nem sempre de forma igual;
·Criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem gráfica utilizada nas representações cartográficas;
·Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e na conservação da natureza.
·Compreender as múltiplas interações entre sociedade e natureza nos conceitos de território, lugar e região, explicitando que, de sua interação, resulta a identidade das paisagens e lugares;
·Compreender a espacialidade e a temporalidade dos fenômenos geográficos, estudados em suas dinâmicas e interações;
·Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o território e os lugares e as diferentes paisagens;
No século XXI estão mais focados na utilização da informática que facilita o entendimento da formação e transformação do espaço como esses objetivos abaixo colocam (PCN's, 1998):
·Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;
·Fortalecer o significado da cartografia como uma forma de linguagem que dá· identidade à Geografia, mostrando que ela se apresenta como uma forma de leitura e de registro da espacialidade dos fatos, do seu cotidiano e do mundo;

·Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e do cotidiano do lugar, a construir sua idéia do mundo, valorizando
·Inclusive o imaginário que tem dele.


3.Múltiplas possibilidades de ensino-aprendizagem da Geografia no século XXI.

A informática, como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem, é um recurso que permite trabalhar com os conteúdos da geografia utilizando programas computacionais, que vão ao encontro da necessidade do educador (MACHADO et al ,2004).

A teoria e a prática são dissociadas devido à realidade não permite a aplicação do conteúdo aprendido, ou existe uma distância entre os conhecimentos adquiridos durante o curso e o que o aluno encontra na prática. Assim, os atuais educadores profissionais, assumem relevante papel na formação dos futuros educadores, onde cabe a contribuição principal de estabelecer uma nova visão entre a teoria e prática, assumindo papel diferenciado daquele onde exista uma relação autoritária onde a teoria manda porque possui idéias e a prática obedece porque é desprovida de conhecimento (BOLFE, 2004).

A aquisição da noção de espaço é um processo complexo e progressivo de extrema importância no desenvolvimento das pessoas. Não se pode consolidá-la, portanto, apenas por meio de um processo que parte de noções simples e concretas para as mais abstratas, como se sua aquisição fosse linear e única. Na escolaridade isso significa dizer que não há apenas uma maneira de construir essa noção: ela não se restringe apenas aos conteúdos de Geografia, mas permeia praticamente todas as áreas, não sendo um conteúdo em si, mas algo inerente ao desenvolvimento dos alunos. Entretanto, as experiências de aprendizagem vividas pelos alunos, nas quais tenham de refletir sobre essas noções nas mais diversas áreas e num ambiente rico em informações, contribuem para uma construção de uma noção espacial mais abrangente e mais complexa.

Contudo a minoria tem esse privilegio de aprender de maneira mais prática e fácil, com escolas de boas estruturas, atualizadas, bastantes recursos e capitais (Escolas particulares) o que ajuda na criação de um cidadão mais critico; enquanto a maioria dos adolescentes e crianças do Brasil se quer tem contado com computadores e participam ainda de uma aprendizagem tradicional e "decoreba".

Com base nessa nova realidade, programas como o Spring 4.0 desenvolvido pelo INPE (2003), Google Earth(Google) e a utilização do GPS permitem fazer a interação e análise dos espaços geográficos através de sensoriamento remoto, visão aérea da superfície do planeta e a localização precisa de determinado ambiente. Esses programas serão explanados superficialmente neste trabalho.

3.1Spring 4.0

O fato de o software SPRING ter sua licença de uso gratuita facilita seu uso não só na universidade, mas também em outros locais. Isso dá grande flexibilidade ao aluno para que este aprenda através do roteiro prático da disciplina de forma fácil, em casa, no estágio, no trabalho e porque não dizer na praia com seu computador portátil. Também, após o aluno ter se formado poderia utilizá-lo em sua empresa ou em outro ramo que vá trabalhar contribuindo muito na sua futura atuação profissional. Entretanto, o fato de ser gratuito não é o motivo principal para a adoção do SPRiNG como ferramenta de aprendizagem, neste aspecto pode se concordar com (RÖHN et al, 2003). Há outros aspectos muito mais importantes que foram levados em consideração tais como:
a) o conjunto de funcionalidades e operações disponíveis abrange de forma plena o necessário para a aprendizagem de Geoprocessamento num curso básico de graduação.
b) não exige máquinas sofisticadas ou sistemas operacionais especiais
c) contem um sistema de ajuda eficiente que pode ser consultado durante a utilização do software ou pode-se fazer uso do serviço de suporte que é gratuito.
Porém essa forma de aprendizagem é quase utópica no Brasil, devido principalmente à falta de investimentos mais severos na educação pública, com profissionais qualificados e adaptados a realidade tecnológica do mundo.

3.2Google Earth 4.3

O Google Earth, o qual é, segundo a Wikipédia 2006, um programa desenvolvido e distribuído pelo Google cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de fotografias de satélite obtidas em fontes diversas. A utilização deste programa como recurso didático em sala de aula tem o intuito de estimular o senso crítico dos alunos bem como seu raciocínio

Aplicações do Google Earth no ensino da Geografia são (AUDINO et al,2005):

·Observar a Terra em três dimensões
·Selecionar um lugar especifica aproximar deste a atmosfera em diferentes alturas, menor a altura maior os detalhes.
·Observar cidades de distintos países, irem de um país a outro, de um continente a outro, cruzar oceanos, desertos e selvas
·Conhecer os nomes dos países, suas cidades principais, população, mares, lagos, rios, vulcões, acidentes geográficos mais importantes
·Observar patrimônios culturais, religiosos e históricos. Assim como casas e edifícios
·Ver em perspectiva a visualização dos territórios
·Visualizar meridianos, paralelos e trópicos.
·Conhecer as coordenadas de qualquer ponto da Terra
·Medir distâncias

O professor, ao analisar os materiais de que dispõe, em espacial o Google Earth descobrindo as exigências que estes fazem ao pensamento, pode a partir daí, conduzir estrategicamente o processo de aprendizagem mediada, cuja principal característica é a de se realizar por meio de um intenso diálogo intencional, orientado para os processos de raciocínio, para os processos implicados no "aprender a pensar" ou para o "aprender a aprender".

Embora a utilização desse software na educação geográfica e interdisciplinar, seja de custos e maneiras bem fácies, muitas escolas (principalmente públicas) não tem se quer computadores.

3.3GPS

O GPS é um terminal inteligente que a partir de sinais emitidos de uma rede de 24 satélites, garante localização geográfica precisa em qualquer ponto do planeta. Temos hoje apenas um serviço de GPS que é fornecido pelo governo estadunidense, mas até 2008 deve entrar em operação seu concorrente europeu, o Galileu, que vai oferecer uma alternativa ao sistema único que existe hoje.

O uso de qualquer modelo é relativamente simples, mas uma leitura prévia do manual e um pouco de conhecimento de orientação geográfica fazem uma enorme diferença, inscrever-se em algum curso que existe hoje em algumas cidades no Brasil ou procurar um amigo que tenha algum modelo e saiba lhe ingressar no fascinante mundo da navegação via satélite. 

O mercado dispõe de vários fabricantes de receptores GPS e todos têm modelos de baixo custo, que podem ser instalados no painel do veículo ou mesmo levados a tiracolo, enquanto mapeiam os caminhos que estiverem sendo percorridos, fornecendo também a altitude e a velocidade com precisão. Alguns modelos possibilitam ainda que você descarregue os dados em um computador, que por sua vez plotará os pontos de navegação denominados way points ou land marks, dependendo do fabricante, em um mapa da região, deixando tudo perfeitamente sinalizado.

4. Conclusão

O objetivo desta alfabetização é desenvolver a capacidade de compreensão do espaço geográfico, para que a partir dela o aluno seja capaz de extrair dados relevantes daquilo que procura e formular hipóteses reais com as informações de que dispõe no mapa. Além do mais, colocar à disposição dos alunos, o conhecimento destas novas tecnologias, para que possam contribuir para o desenvolvimento da ciência.

As geotecnologias ao longo de seu desenvolvimento estiveram quase sempre envolvidas por uma atmosfera de estórias que as aproximam da realidade para a resolução de complexos problemas das mais diferentes origens e escalas, porém as tornam inalcançáveis à compreensão da maior parte das pessoas, que se quer são familiarizadas com esse tipo de saber, devido a ignorância, o desconhecimento que normalmente, propicia a especulação e a mística. Infelizmente, esse processo, muitas vezes, é praticado a partir daqueles que deveriam facilitar a compreensão. Não se trata aqui, de banalizar o processo de desenvolvimento da tecnologia, mas sim e por obrigação, de democratizar as informações que dele brotem, e que interessam diretamente a uma grande parte da população dos mais diversos níveis sociais e de educação que se interessa por tudo que possa servir-lhe como ferramenta para seu desenvolvimento, estejam elas nas grandes cidades, em sua periferia, no campo ou nos mais distantes lugares do território.

Felizmente, o cenário que se vislumbra atualmente, é mais estimulante e verdadeiro, na medida em que amplia a capilaridade necessária entre a academia e a população, porém ocasionando apenas um encontro tão clamado e quase nunca devidamente exercitado.

"Lembrai-vos que a finalidade da educação é formar seres aptos para governar a si mesmos e não para ser governados pelos outros" (CHALITA, 2001).

Referências

AUDINO, Daniel Fagundes; CASSOL, Roberto; GIORDANI, Ana Claudia Carvalho. Inserção do Google Earth no ensino de Geografia. Brasil, 2005.

BOLFE, Édson Luis. Educação em geotecnologias: realidade e desafios. Anais – I Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Aracaju/SE, 10 a 12 de novembro de 2004.

BRASIL. Geografia. In: Parâmetros curriculares nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1998.

CHALITA, G.. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001. 102 p.

FILHO, Homero Fonseca;RODRIGUES, José Alberto Quintanilha Marcos;
SOUSA, Gisela Mangabeira de. O uso do spring como ferramenta de aprendizagem de geoprocessamento.4ª Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul – 11 a 13 de agosto de 2004 – São Leopoldo, RS, Brasil.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Sistema de Processamento de Informações Georeferenciadas(SPRING) versão 4.O. São José dos Campos: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, 2003. [online]http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/index.html.

MACHADO, Clairton Batista; SAUSEN, Tania Maria. A geografia na sala de aula: informática, sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas - recursos didáticos para o estudo do espaço geográfico.4ª Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul – 11 a 13 de agosto de 2004 – São Leopoldo, RS, Brasil.

RÖHM, S. Gibotti, F.; FONSECA FILHO, H; LOPES, S.C.,2003. Spring como ferramenta de apoio a formação de especialista em geoprocessamento. Experiências e Resultados do NGeo/UFSCar.In: Anais do COBENGE,Rio de Janeiro, 14p.

PIRES, Ivan de Oliveira; BARROS, Edson Benigno da Motta;REIS, Cláudio Henrique. Sensoriamento Remoto nas Geociências da UFF uma Ferramenta de Ponta. Anais IX Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Santos, Brasil, 11-18 setembro 1998, INPE, p. 309-313.
 

Mercado de trabalho na era da informática

O desafio econômico da sociedade pós-industrial se caracteriza pela produtividade do trabalho com conhecimento e do trabalhador do conhecimento. Esses trabalhadores, regra geral, carecem da educação necessária para serem trabalhadores do conhecimento.


Por Marcelo Oliveira Rocha

O século XX foi palco de inúmeras mudanças econômicas, sociais e tecnológicas no mundo inteiro. Diversos paradigmas atuaram e ainda continuam em pleno processo de transformação.

Neste sentido se defende a releitura do direito do trabalho. Questões fundamentais devem ser revistas como níveis de ocupação, qualificação da força de trabalho, conhecimentos adquiridos, locais e formas de construção das experiências sociais e da identidade das pessoas, dos grupos e das classes e a vitimização nas relações de trabalho.

Evidencia-se que a chamada “crise do desemprego” reflete a própria “crise da economia global”. Mas não se trata de uma “crise” no sentido negativo, mas instigadora de reformas, de reestruturação, de repensar as relações do trabalho, de visualizar o direito do trabalho sob o foque da informatização.

A informatização, hoje, é questão fundamental que perpassa todas as áreas do conhecimento e aos seus representantes. Com a introdução das novas tecnologias e a valorização da informação como bem econômico, o mercado profissional na área de informática está cada vez mais aberto às diversas áreas profissionais.

Esses fatos apresentam novos desafios, também no campo de atividades profissionais. O crescimento do mercado informacional é um fenômeno global. A demanda crescente e variada por informações está ocorrendo na sociedade como um todo. O setor de informação parece não ser mais um reduto acadêmico.

Nos tempos de hoje, o mercado de trabalho é composto, na sua grande maioria, por profissionais de nível médio e com características qualificadoras diferentes das descritas pelos teóricos das emergentes sociedades informatizadas. Certamente a Internet vem crescendo, mas sua representatividade dentro do mercado focalizado ainda é pequena.

Atingindo os patamares já conhecidos, espera-se que sua atuação venha contribuir para o bem estar social. Entretanto, a administração da tecnologia não está voltada para a distribuição de renda. Muito pelo contrário, a exclusão digital em massa está desencadeando um processo de desigualdade ainda maior. Não se nega que os empregos extintos pela era da automação estão sendo substituídos por uma gama de outras oportunidades de trabalho. Basta ter um computador em casa que se está na Internet e, usando de criatividade e vontade, logo se encontra uma atividade lucrativa para se desenvolver.

O processo é simples. Os trabalhos manuais das gráficas foram substituídos pelos grafismos computadorizados. Muitas profissões do século passado já não mais existem, mas outras foram colocadas em seu lugar. As oportunidades de trabalho estão literalmente entrando na casa dos brasileiros. E então, porque se fala em exclusão digital? A resposta é simples: menos de 10% da população trabalhadora possui computador e conhecimentos ou oportunidades para formação profissional para melhor tirar proveito de sua “máquina”.

Outra percentagem ainda maior tem conhecimento e não tem computador, utilizando computadores públicos em universidades ou pagos em lan house. Nos tempos modernos, não há como conceber empresas e instituições sem a informatização. Entretanto, devem fazer um planejamento, mobilizando o pessoal habilitado, no sentido de capacitá-lo e incentivá-lo à qualificação necessária para o exercício da nova função. Ao final, o processo continua simples, basta remanejamento da mão-de-obra. O cerne da questão está na essência do capitalismo que continua defendendo a inter-relação lucro versus lucro. Enquanto se pensar na lucratividade a qualquer preço, em detrimento do princípio maior do bem estar social, o resultado será a exclusão crescente.

Na nova era da informatização, os principais grupos sociais da sociedade do conhecimento serão os “trabalhadores do conhecimento”, executivos que sabem como alocar conhecimento para usos produtivos, assim como os capitalistas sabiam como alocar capital para isso.

O desafio econômico da sociedade pós-industrial se caracteriza pela produtividade do trabalho com conhecimento e do trabalhador do conhecimento. Esses trabalhadores, regra geral, carecem da educação necessária para serem trabalhadores do conhecimento.

O primeiro passo a ser dado no sentido da evolução social como um todo, primando-se pela mantença do bem estar social e fazendo uso das novas descobertas em prol da sociedade em geral, é reconhecer que se vive em uma nova sociedade com novos setores de produção, com a preponderância do setor terciário sobre o setor secundário, e tendo o avanço tecnológico como condição para alcançar elevados índices de produtividade. Em contrapartida, além de se reconhecer o valor e o papel da informação para manter o seu desenvolvimento, deve-se propiciar o acompanhamento evolutivo da humanidade.

A situação enfrentada pela humanidade nesta nova era é preocupante enquanto desconhecida. A falta de investigação científica a respeito e a análise da realidade sob métodos equivocados deturpam resultados, dificultando ainda mais o entendimento presente e a projeção futura dos efeitos decorrentes, sejam eles positivos ou negativos.

A concepção da sociedade de informação, tendo como fundamento as novas características na acumulação do capital, baseia-se na produção do conhecimento sustentado pela produção de informação. A socialização do fenômeno da produção da informação se faz através das estruturas da informação (bibliotecas, bases de dados, sistemas de informação) que são responsáveis pela operacionalização da produção do conhecimento.

Estas estruturas são constituídas pelas indústrias de produção de conhecimento, indústrias de produção de estoque de informação organizada e indústrias de transformação da informação. Estas estruturas funcionam com racionalidades diferentes.

Por exemplo, as indústrias da informação se orientam por uma racionalidade técnica, buscam eficiência técnica e econômica indispensáveis para a produção do conhecimento, mas não produzem conhecimentos, apenas procuram ordenar a explosão da informação. Formando um estoque de informação, criam estratégias de distribuição que procuram contemplar e dividir entre os diferentes grupos de consumidores. Neste processo de distribuição e diferenciação apenas alguns privilegiados têm acesso a determinadas informações. Ocorre de forma que somente uma elite tenha as informações seletivas, cujo grupo é minoria.

Na verdade, na economia transnacional, o mercado de informação se expressa globalmente, com grande amplitude, extrapolando sua especificidade, atingindo, assim, todos os setores da sociedade, em suas múltiplas manifestações. Dessa forma, a força de trabalho decorrente da Internet é distribuída em diferentes ocupações, não se restringindo somente aos profissionais especificamente ligados ao elemento Internet. O setor de informação inclui uma série de tipos de trabalhos diferenciados pela forma de pagamento, pelo status e pelo poder, reflexos evidentes da ordem social dominante.

A classe trabalhadora deve estar bem mais instruída e qualificada para compor a força de trabalho nos diversos setores econômicos da sociedade moderna. Entretanto, mesmo sendo esta a tendência aceptiva nesta fase histórica de desenvolvimento tecnológico, o Brasil ainda é um país onde a estrutura ocupacional é bastante estratificada e com uma grande parcela composta por trabalhadores pouco qualificados e despreparados. É nesse sentido que se entende a existência do aumento das desigualdades e a exclusão digital da grande massa populacional.

A demanda emergente por qualificação profissional é percebida pelo fato de diversas funções estarem passando por modificações significativas. Portanto, o novo profissional da informação deverá ter competência profissional ampla, envolvendo conhecimento interdisciplinar, habilidades gerenciais, técnicas e políticas, além do profissionalismo ético.

O setor de serviços é composto por dois tipos de trabalho, tais como, trabalhos onde as pessoas oferecem serviços diretos, como caixa de banco, garçonete, advogados, agentes de seguro; e trabalhos no centro administrativo das empresas, como pessoal de escritório, contadores, gerentes, trabalhos estes encontrados em todos os setores, não somente nos de serviços. A linha divisória não é marcante, mesmo percebendo que a maioria dos trabalhadores de informação são profissionais, o trabalho com informação também inclui outras categorias com os operadores de máquinas e reparadores.

Neste sentido é que existe uma dificuldade em aceitar os pressupostos de que a economia de informação é um fato consumado dentro da economia global, caracterizado pela predominância de trabalhos altamente qualificados. Como também em aceitar a idéia de que a Internet é o quarto setor na economia da informação. O setor de informação permeia os três setores econômicos: agricultura, manufatura e serviços.

Desta forma, como todo movimento profundo e de longo alcance, a mudança no trabalho não é instantânea, e algumas dimensões mudam rapidamente enquanto outras permanecem estagnadas. Da mesma forma vem acontecendo com as relações de emprego na nova economia, em confronto com a lentidão das transformações institucionais e jurídicas, e com a rigidez de códigos e de culturas trabalhistas. Geram-se tensões generalizadas, entre segmentos tecnologicamente mais avançados que buscam transformações mais rápidas, e amplas massas de trabalhadores inseguros, além de quadros gerenciais de alta qualificação que se sentem ameaçados com mudanças como a redução do leque hierárquico.

O “novo” surge como uma ameaça, porque o desconhecido intimida. Busca-se superar esses “medos” através do entendimento do que efetivamente está acontecendo e quais são as tendências. Neste árduo caminho, se defronta com a ambígua relação de querer estar do lado do progresso e das tecnologias, ao mesmo tempo em que se quer um mínimo de garantias no processo de mudança. Entretanto, será difícil alcançar o “futuro grandioso” que a nova era da informática promete, se resultar impossível a sobrevivência do presente.

A situação é delicada e, do ponto de vista científico, chega a ser desolador, ao se constatar que a sociedade espera passivamente pelas prometidas mudanças, mergulhada num entendimento mitológico de que as transformações acontecerão de forma natural, e seu processo resultará em benesses a toda coletividade. Por outro lado, as visões dominantes sobre o problema estão centradas em simplificações radicais. O trabalho humano dignamente prestado e a busca pela inserção máxima do trabalhador no processo de produção são vistos, a partir da lógica hipertrofiada do capital, como valores secundários, ou seja, entraves à própria acumulação capitalista.

Esta lógica se consolida aos poucos no seio social, sedimentando a idéia hoje quase consensual de que a proteção jurídico-social do trabalhador nos moldes do direito do trabalho é inviável às economias capitalistas. Esta idéia forma a brecha para a propagação do discurso de flexibilização ou de desregulamentação de direitos trabalhistas historicamente consolidados.

É preciso romper essa cadeia oportunista, ressaltando e se fazendo ouvir aos “quatro cantos”, que os direitos trabalhistas não representam entrave social. Embora não representem emancipação social, significam inegável evolução social.

Enquanto não se pense para além de uma sociedade estruturada sob uma lógica perversa de acumulação por parte de poucos às custas da dignidade de muitos, os direitos trabalhistas representam, pelo menos, a esperança de um mundo onde a dignidade humana seja minimamente preservada.

Assim, se é imprescindível uma reformulação da regulação jurídica do mercado de trabalho, de forma a adaptá-la à nova realidade da Internet, não é menos imprescindível que dita reformulação tenha como norte a preservação da dignidade do trabalhador, uma vez que este ainda é supersuficiente e ainda é o representante legítimo de um dos valores básicos e fundamentais da dinâmica social moderna: o trabalho, da mesma forma que o era quando da instituição do princípio de proteção do trabalhador.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O uso do GPS na atualidade


Modelo de receptor GPS
O GPS (Global Positioning System) é um sofisticado instrumento de posicionamento que utiliza a emissão de sinais de rádio codificados por satélites colocados em órbita ao redor da Terra. Tal sistema, que custou 10 bilhões de dólares, foi desenvolvido e é controlado até hoje pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O sistema do GPS é dotado de 27 satélites (24 em operação e 3 extras, caso haja falha nos outros) dispostos a uma distância de 20.000km de altitude que emitem ondas sonoras duas vezes por dia.

Cada satélite é dotado de relógios atômicos, difundindo de forma precisa, além da localização de algo na superfície terrestre, a hora exata daquele momento. Isso é muito útil para a comunidade científica, pois em algumas experiências, é extremamente necessário um relógio altamente preciso, visto que até mesmo um micro-segundo (0,000001 segundo) pode ser significativo em um contexto específico.

Para determinar o exato posicionamento de algo, o GPS localiza 4 ou mais satélites e determina a distância entre cada um deles com o ponto a ser localizado, para assim, deduzir a posição correta, informando a latitude, longitude e altitude daquele ponto.

O GPS é amplamente utilizado na aviação geral e navegação marítima. Também é muito usado por guardas florestais, geólogos, arqueólogos, bombeiros, ou qualquer pessoa que queira saber sua exata localização. Atualmente, com US$ 100 é possível comprar um GPS, além do mais, o serviço em si é gratuito. O sistema também está cada vez mais presente em automóveis.

Por Tiago Dantas

sábado, 3 de setembro de 2011

Inclusão Digital: Direito de Todos

        



          Inclusão digital ou infoinclusão é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.
         A inclusão digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à internet que iremos considerar ele, um incluído digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.
         Entre as estratégias inclusivas estão projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
          Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
          Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs neste caso, não somente a população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade da informação.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital.

A seguir depoimentos de acadêmicos e professores de Universidades relatando sobre o tema central deste texto.






Educação de Qualidade




Há uma preocupação com ensino de qualidade mais do que com a educação de qualidade. Ensino e educação são conceitos diferentes. No ensino se organizam uma série de atividades didáticas para ajudar os alunos a que compreendam áreas específicas do conhecimento (ciências, história, matemáticas).
 
Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão de totalidade. Fala-se muito de ensino de qualidade. Muitas escolas e universidades são colocadas no pedestal, como modelos de qualidade. Na verdade, em geral, não temos ensino de qualidade. Temos alguns cursos, faculdades, universidades com áreas de relativa excelência. Mas o conjunto das instituições de ensino está muito distante do conceito de qualidade.



O ensino de qualidade envolve muitas variáveis:
  • Organização inovadora, aberta, dinâmica. Projeto pedagógico participativo.
  • Docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente. Bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais.
  • Relação efetiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
  • Infra-estrutura adequada, atualizada, confortável. Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
  • Alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
O ensino de qualidade é muito caro, por isso pode ser pago por poucos ou tem que ser amplamente subsidiado e patrocinado.

Poderemos criar algumas instituições de excelência. Mas a grande maioria demorará décadas para evoluir até um padrão aceitável de excelência.

Temos, no geral, um ensino muito mais problemático do que é divulgado. Mesmo as melhores universidades são bastante desiguais nos seus cursos, metodologias, forma de avaliar, projetos pedagógicos, infra-estrutura. Quando há uma área mais avançada em alguns pontos é colocada como modelo, divulgada externamente como se fosse o padrão de excelência de toda a universidade. Vende-se o todo pela parte e o que é fruto as vezes de alguns grupos, lideranças de pesquisa, como se fosse generalizado em todos os setores da escola, o que não é verdade. As instituições vendem externamente os seus sucessos - muitas vezes de forma exagerada - e escondem os insucessos, os problemas, as dificuldades.
 
Temos um ensino em que predomina a fala massiva e massificante, um número excessivo de alunos por sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco motivados e evoluídos como pessoas.

Temos bastantes alunos que ainda valorizam mais o diploma do que o aprender, que fazem o mínimo (em geral) para ser aprovados, que esperam ser conduzidos passivamente e não exploram todas as possibilidades que existem dentro e fora da instituição escolar.

A infra-estrutura costuma ser inadequada. Salas barulhentas, pouco material escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria.
 
O ensino está voltado, em boa parte, para o lucro fácil, aproveitando a grande demanda existe, com um discurso teórico (documentos) que não se confirma na prática.. Há um predomínio de metodologias pouco criativas; mais marketing do que real processo de mudança. 

É importante procurar o ensino de qualidade, mas conscientes de que é um processo longo, caro e menos lucrativo do que as instituições estão acostumadas.
 
Nosso desafio maior é caminhar para uma educação de qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesmas do sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social. E até agora encontramos poucas pessoas que estejam prontas para a educação com qualidade.

Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Texto publicado no livro Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, 12ª ed. Campinas: Papirus, p.12